Sexta-feira, Livraria Cultura da avenida Paulista. Show curtinho do Guinga, para umas 50 pessoas. Em dado momento, uma senhorinha (sem trocadilhos musicais) pede pra ele cantar "Você, você", parceria com Chico Buarque gravada por Monica Salmaso. Guinga responde que não costuma cantar essa música, e que naquela tarde seria ainda mais difícil pelo fato de sua voz ter sido afetada por um recente problema de depressão.
Após o show, pouco antes da tradicional rodinha de autógrafos e sessão de fotos, havia um burburinho sobre o problema do artista. Um dos espectadores sussurrou que era resquício do fim do casamento. Sigo na dúvida, mas seu abatimento era visível. Enquanto fiquei por lá, a única menção à doença partiu do próprio Guinga, após ser abraçado por uma jovem fã. "Muito obrigado. É esse tipo de coisa que preciso ouvir ultimamente", disse, após a moça agradecê-lo por existir e por compor tão belas canções.
Apesar do problema na voz (de fato em alguns momentos sua habitual e charmosa rouquidão soava estranha), Guinga tocou e cantou "Você, você" para delírio da senhora de cabelos completamente brancos sentada à primeira fileira. Cantou também "Contenda" e estimulou a platéia a sussurrar "Carinhoso" sobre um arranjo sensacional, brincadeira já feita em outros shows.
Depressão à parte, Guinga abriu o show com uma nova canção ("Anjo candente", se não me falha a memória), que deve ser letrada em breve pelo velho parceiro Aldir Blanc. Ao falar do letrista, disse que o havia reencontrado recentemente, após anos, para gravar um especial no Canal Brasil, com a participação de Marcus Tardelli, a quem Guinga mais uma vez se referiu como "o maior violinista do mundo".
Em outro momento que poderia ter sido fenomenal (e foi, até certo ponto), Guinga pediu desculpa aos presentes para apresentar um arranjo que fez de "Estrada branca", de Tom Jobim. "O sujeito já começa perdendo quando tenta tocar o mestre", brincou. Tudo ia bem até que toca um celular na platéia. Guinga pára. "Me desconcentrei, desculpem. Isso já aconteceu comigo também, mas perdi o fio".
Não, ninguém bateu no sujeito. Mas Guinga tocou "Baião de Lacan" e cantou "Senhorinha". E a platéia sorriu, apesar do semblante carregado do gênio.
Após o show, pouco antes da tradicional rodinha de autógrafos e sessão de fotos, havia um burburinho sobre o problema do artista. Um dos espectadores sussurrou que era resquício do fim do casamento. Sigo na dúvida, mas seu abatimento era visível. Enquanto fiquei por lá, a única menção à doença partiu do próprio Guinga, após ser abraçado por uma jovem fã. "Muito obrigado. É esse tipo de coisa que preciso ouvir ultimamente", disse, após a moça agradecê-lo por existir e por compor tão belas canções.
Apesar do problema na voz (de fato em alguns momentos sua habitual e charmosa rouquidão soava estranha), Guinga tocou e cantou "Você, você" para delírio da senhora de cabelos completamente brancos sentada à primeira fileira. Cantou também "Contenda" e estimulou a platéia a sussurrar "Carinhoso" sobre um arranjo sensacional, brincadeira já feita em outros shows.
Depressão à parte, Guinga abriu o show com uma nova canção ("Anjo candente", se não me falha a memória), que deve ser letrada em breve pelo velho parceiro Aldir Blanc. Ao falar do letrista, disse que o havia reencontrado recentemente, após anos, para gravar um especial no Canal Brasil, com a participação de Marcus Tardelli, a quem Guinga mais uma vez se referiu como "o maior violinista do mundo".
Em outro momento que poderia ter sido fenomenal (e foi, até certo ponto), Guinga pediu desculpa aos presentes para apresentar um arranjo que fez de "Estrada branca", de Tom Jobim. "O sujeito já começa perdendo quando tenta tocar o mestre", brincou. Tudo ia bem até que toca um celular na platéia. Guinga pára. "Me desconcentrei, desculpem. Isso já aconteceu comigo também, mas perdi o fio".
Não, ninguém bateu no sujeito. Mas Guinga tocou "Baião de Lacan" e cantou "Senhorinha". E a platéia sorriu, apesar do semblante carregado do gênio.
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