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Mostrando postagens de junho, 2007

Mônica Salmaso, a mentirosa

Primeira mentira: "Me desculpem por estar gripadíssima hoje. Talvez minha voz não esteja tão boa e não dure até o final do show". Segunda lorota: "Eu sei que alguns vão embora insatisfeitos, pois o show tem só 14 músicas e todo mundo tem ao menos umas 170 canções preferidas do Chico... lamento". Mônica Salmaso mentiu de forma descarada durante o show desta quinta-feira (28), no Teatro Fecap (uma grata surpresa, pela boa localização e pelo aconchego da casa). Sua voz esteve magnífica, à altura do repertório escolhido para a temporada de lançamento do disco "Noites de gala, samba na rua", gravado com a incrível banda Pau Brasil, apenas com músicas de Chico Buarque. E corto meus dedos se alguém da platéia foi embora insatisfeito, tamanho o brilhantismo da interpretação das 14 canções (OK, poderiam ser 28, 56 ou 112) carinhosamente selecionadas no vasto repertório do feioso. Impressiona uma certa desenvoltura travestida de timidez da cantora, especialmente nos

Minuto de silêncio

Na condição de sujeito que gosta de ler, estou bem chateado pelo fechamento do NoMínimo , site que era uma espécie de refúgio em meio às porcarias da internet, onde ao menos uma passadinha diária era algo sagrado, pois havia a certeza de encontrar sempre textos bacanas, de temas tão distintos quanto política, religião, mulher pelada, as ótimas sacadas do Tutty Vasquez, futebol, comportamento, cinema, música e por aí vai... Sem mais delongas, fica aqui minha última chupinhada do site – e a menos bacana de todas: Aqui jaz o NoMínimo Editores, blogueiros, colunistas, funcionários, colaboradores assíduos ou ocasionais, enfim, todos que ajudaram a criar o site de jornalistas mais querido do Brasil comunicam sua morte súbita neste 29 de junho de 2007, vítima de inanição financeira decorrente do desinteresse quase geral de patrocinadores e anunciantes em sua sobrevida na web. NoMínimo deixa órfãos cerca de 150 mil assinantes entre os mais de 3 milhões de visitantes que, em média, se habituara

Gosta de filmes? E de música?

Então entre neste link, ligue as caixas de som e tente descobrir de quais filmes as 64 músicas que aparecerão. Eu acertei 52 e desisti. Faltaram pra mim as seguintes: 9, 19, 21, 29, 40, 41, 48, 59, 60, 61, 62 e 64. As respostas não aparecem. Vou ter que contar com a solidariedade alheia pra descobrir quais são as que esqueci – algumas estão na ponta da língua, outras jamais ouvi. O link é o seguinte: http://www.dreampix.com.br/jogos/filmes/

Sobre toucas, maiôs comportados e cabelos surpreendentes

De modo geral, antes de ver pessoas que fazem parte do seu dia-a-dia com pouca (ou sem) roupa pela primeira vez, é usual vê-las com seus trajes habituais, seja no trabalho, no bar, na balada, na faculdade, na rua de casa, em qualquer lugar. O processo inverso é bem engraçado Falo aqui de algo que tenho reparado nas aulas de natação. E esclareço, aos praieiros de plantão: o raciocínio só é válido para aqueles que não têm o prazer de viver em cidades litorâneas, onde as pessoas fazem amizades e conquistam novos amores à beira-mar com freqüência – ao menos aqueles que aproveitam a felicidade de morar no RJ, em alguma capital nordestina ou em paraísos semelhantes. De volta ao raciocínio e às raias da piscina onde tenho dado umas braçadas: após algumas aulas, é natural surgir um relacionamento bacana entre a turma da natação – relação essa que às vezes se estende para fora da academia, pelos corredores do prédio ou pelo estacionamento. Aí vêm os choques: - Aquela mocinha de corpo bonito e d

Uma ida ao Morumbi, após três anos de ausência

Futebol e um livro bacana... que combinação! Motivado pela leitura de "Febre de bola", de Nick Hornby, decidi que tinha chegado a hora de voltar a freqüentar estádios de futebol, depois de três anos e uns meses. Lá fui eu, acompanhado do primo Carlos, ver o Tricolor enfrentar o Vasco. O jogo, sofrível – apesar da vitória são-paulina por 2 a 0 –, acabou sendo o detalhe menos importante dessa jornada dominical. "Febre de bola", do mesmo autor de "Alta Fidelidade" (o filme, bem legal e mais conhecido, é baseado no livro), é uma espécie de diário futebolístico da vida de Hornby, no qual ele mostra sua paixão pelo Arsenal como pano de fundo de suas inquietações, felicidades, decepções, descobertas e do modo como deixou a infância, cresceu, cresceu, cresceu (nem tanto...) e se tornou adulto. A descrição que o autor faz de algumas partidas históricas do Arsenal e especialmente a relação que ele desenvolveu com o estádio de Highbury incentivam qualquer sujeito qu

Um livro junto do Bolsa-família

Proseando dia desses com o camarada Toni, falávamos sobre a importância de sempre ter à disposição alguns livros. Por mais que o sujeito não tenha o hábito de ler, uma hora ele vai querer algo diferente de televisão e internet... aí, quem sabe, o livro pode aparecer, como quem não quer nada, e passar a fazer parte da vida do pobre rapaz ou da ingênua mocinha. Prova disso (e de como há demanda por leitura) é um texto do Xico Sá publicado no Nominimo. Aí vai a cópia descarada dele, por uma boa causa: Embarque na Leitura Com três bibliotecas -estações Paraíso, Tatuapé e da Luz-, o programa Embarque na Leitura, uma iniciativa do Metrô de SP com gerenciamento do Instituto Brasil Leitor, conta com 15 mil passageiros filiados e uma retirada diária, por empréstimo, de 200 livros em média. Para aproveitar o serviço basta se cadastrar em uma das estações, com um documento (RG ou CPF) e uma foto 3×4. São dez mil títulos, de best-sellers aos clássicos, nas prateleiras. O amigo pode ficar com o liv

Reclamações, tédio e o melhor dos mundos

"O homem nasceu para viver nas convulsões da inquietude ou na letargia do tédio", diz o personagem Martinho, no último capítulo de "Cândido, ou O Otimismo", de Voltaire. Já reparou que grande parte das pessoas se encaixa nessa definição? O final do livro mostra que a vida felizmente não é bem assim, mas essa foi a frase que mais ficou em minha cabeça. Detalhes à parte, a ironia de Voltaire, as provocações a certas verdades vigentes à época e a contraposição ao otimismo do filósofo Pangloss, personagem para quem "tudo sempre está bem no melhor dos mundos", tornam a leitura bacana demais. Os estudiosos dizem que Pangloss centraliza as críticas de Voltaire às idéias de Leibniz, filósofo do século XVIII que defendia a idéia do "melhor dos mundos". O modo como se dá esse questionamento é peculiar, com momentos que vão da bizarrice escancarada a um humor fino. O livro é curto e sua íntegra está disponível em dezenas de sites. Dá pra ler no trabalho e é

Barbearia virtual

Se você tem um par de fones de ouvido, ligue as caixinhas de som do seu computador e curta o arquivo de áudio que se encontra neste link. No começo parece estranho, mas é algo bem legal. http://www.updateordie.com/tecnologia/2007/05/virtual-barbershop-ouvir-com-headphone/

Ser grande é para poucos

Sábado foi noite de ver Guinga e o Quinteto Villa-Lobos, no Auditório Ibirapuera. Na primeira metade do espetáculo, só os cinco músicos de sopro no palco. Coisa fina, arranjos de grandes obras do maestro que dá nome ao grupo, canções que dão ainda mais vontade de aprender e estudar música. Depois de uns 40 minutos, entra Guinga, debaixo de elogios efusivos do Quinteto – entre eles o incrível clarinetista Paulo Sérgio Santos, que já acompanha o violão de Guinga há um bocado de tempo. A partir de então, só músicas de seu repertório. Aí entra a grandeza de um cara que tem noção de seu talento "simples e absurdo": Guinga solou pra valer mesmo em poucas canções. Humilde e consciente da sua condição de convidado e homenageado da noite, deu o palco e direcionou a atenção da platéia ao Quinteto, que honrou em cada nota as complicadas melodias. Fã de futebol (ele joga com o Chico às vezes!!), Guinga fez como Cruyff, que dizia jogar 85 minutos de uma partida para o time e cinco minutos

A foto, o vídeo e o gol

Pra quem ainda não viu o gol de Messi com a mão (novamente tal qual Maradona), aí vão o vídeo (não tão claro) e a foto que comprova a malandragem do atacante do Barcelona. Coincidências impressionantes: além de ter repetido por duas vezes dois gestos históricos de Maradona, Messi o fez contra o Getafe nas duas ocasiões – a primeira em 18 de abril, a segunda no último sábado, 9 de junho. No final, o Barça vacilou feio (o jogo terminou 2 a 2) e perdeu a chance de ficar a um empate do título espanhol. O campeão só será definido na última rodada e Sevilha e Real Madrid seguem na disputa.

Mutantes ao vivo: impressões e frases perdidas

“Antes era Fidel... agora temos Chávez!”, declama Sérgio Dias, para em seguida começar a cantar “El Justiciero”, deixando escapar um sorriso estranho... ironia ou satisfação? Em seguida, enquanto Zélia Duncan cantarola “Baby”, um cara de voz afeminada se esgoela: “Gostooooooosa! Foda-se a Rita Lee!!!”. Começa “Ando meio desligado”, a trilha sonora do último fora doído que levei, já há um tempo razoável. Manja aquela parte do “eu não vejo a hora de te dizer aquilo tudo que eu decorei”? Nunca sai daquela forma, mas tudo bem... “O que essas crianças estão fazendo aqui, amor?”, pergunta uma gordinha grisalha ao marido, apontando pra um grupo de caras que, apesar de não terem nada de crianças, deviam ser ao menos uns 30 anos mais jovens que o casal estupefato. Já falaram maravilhas milhares de vezes do teclado do Arnaldo e da guitarra do Sérgio Dias. Além de ouvir de pertinho que isso é uma verdade indiscutível, é bem bacana sentir que os dois têm um tesão danado de mostrar isso pras “crian

Pra começar bem...

OK, é só um post pra eu aprender a colocar vídeos aqui. Mas me permitam colocar algo do Chico, só pra garantir um bom começo. Parodiando um comentário feito no próprio YouTube sobre o vídeo, "pelo fim da ditadura vale até fazer playback no Chacrinha".

Uma justa explicação

Dizem por aí que o ser humano, assim como a lua e os jogos do Mario Bros, tem algumas fases. Eu tenho fases de vocabulário restrito. Por algum tempo, falei "já reparou?" sempre que precisava chamar a atenção de alguém. A idéia do blog é exatamente essa. Seja por meio de comentários curtos, crônicas ou vídeos, sinta-se cutucado por alguém que achou algo interessante e decidiu compartilhar essa informação. Os primeiros posts servirão de aquecimento, já que há quase um ano o blog antigo foi aposentado por motivos de força maior. Em tempos de YouTube, preciso também aprender a colocá-los aqui. Vamos ver até quando essa brincadeira dura.