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Mostrando postagens de janeiro, 2009

A crise e a manguaça

Má notícia para aqueles que gostam de uma cerveja diferente, seja ela importada ou artesanal: a crise chegou ao bar! Trecho da coluna Mercado Aberto, na Folha de hoje: "O novo sistema de cobrança do IPI sobre a cerveja, que entrou em vigor neste ano, tem punido importadores e microcervejarias. Antes, o imposto era calculado com base no volume comercializado. Agora, é a partir do preço da cerveja cobrado do consumidor. As cervejas importadas e as produzidas de forma artesanal custam mais no varejo e, portanto, pagam mais IPI. Outra mudança é que o recolhimento do IPI passou a utilizar a lógica do sistema de substituição tributária. O produtor de cerveja precisa recolher 140% do valor do produto vendido na indústria como parte da incidência tributária sobre atacado e varejo, segundo decreto que implementou o sistema." No mesmo texto, alguns empresários falam em "deixar a mercadoria no porto" caso o governo não reveja o decreto. Os fãs de boas cervejas aguardam ansios

Por mudanças no rival, torcida para Belluzzo

Reproduzo abaixo texto do Juca Kfouri na Folha de quarta-feira. Bom ver que ele voltou de férias afiado. Belluzzo não! Na próxima segunda, o Palmeiras caminha para eleger o economista Luiz Gonzaga Belluzzo como seu novo presidente. Corintianos, são-paulinos e santistas que torçam pela vitória da oposição, que significará a volta de Mustafá Contursi e sua gente ao comando alviverde. Porque, se Belluzzo vencer, algo de realmente novo acontecerá no cenário do futebol brasileiro, algo que associado à força da nação palmeirense e sua história de lutas e glórias poderá significar uma nova hegemonia -e sob uma nova roupagem, a da inteligência associada à ética e aos bons costumes. Eleito poucos anos atrás como um dos cem economistas heterodoxos mais importantes do século 20 e Intelectual do Ano, o professor Belluzzo também é capaz de substituir sua racionalidade e doçura pela paixão que o futebol desperta, a ponto de trocar socos com torcedores uruguaios num jogo do Palmeiras em Montevidéu. M

Obama e o medo de Regina Duarte

"Tô com medo. Faz tempo que eu não tinha esse sentimento". Assim, na lata, Regina Duarte abriu um dos programas eleitorais de José Serra, na campanha eleitoral de 2002. "É por isso que vou votar no Serra", dizia a eterna Viúva Porcina no meio de seu discurso de um minuto. Conheço amigos que ficaram indignados ao ouvi-la. Eu não gostei, mas ela tinha todo direito de ir à TV e falar as baboseiras que bem quisesse. No final, acabou sendo ótimo, pois a campanha do Lula, após o resultado do segundo turno, soltou a frase que colou perfeitamente à ocasião: "A esperança venceu o medo". Passaram-se seis anos, coisas bem boas e bem ruins vieram no governo Lula, e não é que na posse de Barack Obama o tal slogan ganhou um destaque imenso? Na tradução que mais vi até agora o verbo "venceu" foi trocado por "superou". Tudo bem... fica engraçado do mesmo jeito. Em tempo: logo abaixo dá pra ver dona Regina "tô com medo" Duarte. Viva o YouTube:

A Motown e uma pisada na bola do IG

Uma matéria tonta publicada no canal de música no IG me causou um misto de revolta com azia, pra usar a ironia do Lula em relação ao que a imprensa publica em seus cadernos de política. A chamada na capa do portal já resume bem seu teor: "Mortes e drogas - o legado da Motown". "Drogas, pobreza, suicídio e assassinato acabaram com muitas figuras da Motown", diz certo parágrafo do texto, como se problemas dessa natureza fossem uma novidade ou algo restrito aos músicos lançados pelo selo norte-americano, que completa 50 anos em 2009. É justo que se tornem conhecidos os problemas dos artistas que fizeram parte da Motown, assim como de qualquer movimento cultural significativo. Mas é profundamente lamentável que em um texto no qual se fala de ícones como The Jackson Five, Stevie Wonder, Marvin Gaye, The Supremes, Diana Ross, Smokey Robinson e outros prevaleça o aspecto negativo de seus protagonistas, a ponto de definir como legado da gravadora as tragédias que a rondara

Os patrões e a crise

Como o paulistano vê o Brasil

Chupinhado do Hora da Lombra , do Marcelo Cazavia.

Sobre sociedades ideais e descrições romantizadas

Desde moleque me pergunto por que nunca estudamos pra valer na escola o funcionamento de países cujas sociedades parecem beirar a perfeição. Refiro-me a nações como a Dinamarca, Noruega e Suécia, onde o modelo vencedor foi o do bem-estar (ainda tem hífen?) social. Sempre me incomodou a concentração de estudos e análises sobre países como os Estados Unidos e Inglaterra, por um lado, e todos os que compõem (ou compunham), em outra direção, o bloco comunista. Esse tema já serviu de várias conversas, com diferentes tipos de amigos e amigas. Com os mais sérios, vinham defesas e ataques tanto para a sociedade individualista e predatória norte-americana quanto para o comunismo. Com os mais aventureiros, planos e mais planos de viagens para destinos europeus que nunca entram na lista dos mais visitados. Com os mais sacanas, vislumbrávamos a possibilidade de conhecer o "welfare state" que as suecas e seus dotes peculiares poderiam nos proporcionar... Esses devaneios meio soltos