Reproduzo abaixo texto do Juca Kfouri na Folha de quarta-feira. Bom ver que ele voltou de férias afiado.
Belluzzo não!
Na próxima segunda, o Palmeiras caminha para eleger o economista Luiz Gonzaga Belluzzo como seu novo presidente.
Corintianos, são-paulinos e santistas que torçam pela vitória da oposição, que significará a volta de Mustafá Contursi e sua gente ao comando alviverde.
Porque, se Belluzzo vencer, algo de realmente novo acontecerá no cenário do futebol brasileiro, algo que associado à força da nação palmeirense e sua história de lutas e glórias poderá significar uma nova hegemonia -e sob uma nova roupagem, a da inteligência associada à ética e aos bons costumes.
Eleito poucos anos atrás como um dos cem economistas heterodoxos mais importantes do século 20 e Intelectual do Ano, o professor Belluzzo também é capaz de substituir sua racionalidade e doçura pela paixão que o futebol desperta, a ponto de trocar socos com torcedores uruguaios num jogo do Palmeiras em Montevidéu.
Mas é incapaz de, por exemplo, pisotear a decência para vencer um jogo ou ganhar um título.
Pode até, e já aconteceu, comprar uma causa perdida em nome de sua agremiação, mas sempre em seu prejuízo, nunca no da sociedade.
Se um dia Telê Santana desabafou ao dizer que futebol não é coisa para gente séria, um verdadeiro paradoxo e um paradoxo verdadeiro para quem era sério e viveu sua vida toda no futebol, o professor Belluzzo será mais um estranho no ninho, embora conheça bem o ninho.
Ele é daqueles torcedores que no poder ou fora não abandonam suas cores e que são incapazes de tirar o que seja deles, ao contrário, são de se sacrificar pelo seu sucesso.
Intelectual independente, capaz de ser conselheiro de Lula e amigo de José Serra ao mesmo tempo e de ser sócio de Mino Carta, ferrenho crítico do governador paulista, na revista “Carta Capital”, Belluzzo não romperá com o status quo nem afrontará a CBF como gostaria - e seria de bom alvitre -, pois não é de seu estilo.
Mas será uma voz que tanto o presidente da República quanto o governador deverão ouvir, agora sobre as mazelas do futebol.
E trará uma nova visão das coisas, por mais que tenha de conviver com os interesses conflitantes de uma Traffic ou com a simulação de eficiência de seu atual treinador, além das inúmeras contradições do “Muda, Palmeiras”.
Belluzzo na presidência tem potencial para ser para o Palmeiras o que Pelé foi para o Santos, o que Rogério Ceni é para o São Paulo e o que os corintianos sonham que Ronaldo venha a ser.
Por isso, não-palmeirenses, torçam contra ele.
Belluzzo não!
Na próxima segunda, o Palmeiras caminha para eleger o economista Luiz Gonzaga Belluzzo como seu novo presidente.
Corintianos, são-paulinos e santistas que torçam pela vitória da oposição, que significará a volta de Mustafá Contursi e sua gente ao comando alviverde.
Porque, se Belluzzo vencer, algo de realmente novo acontecerá no cenário do futebol brasileiro, algo que associado à força da nação palmeirense e sua história de lutas e glórias poderá significar uma nova hegemonia -e sob uma nova roupagem, a da inteligência associada à ética e aos bons costumes.
Eleito poucos anos atrás como um dos cem economistas heterodoxos mais importantes do século 20 e Intelectual do Ano, o professor Belluzzo também é capaz de substituir sua racionalidade e doçura pela paixão que o futebol desperta, a ponto de trocar socos com torcedores uruguaios num jogo do Palmeiras em Montevidéu.
Mas é incapaz de, por exemplo, pisotear a decência para vencer um jogo ou ganhar um título.
Pode até, e já aconteceu, comprar uma causa perdida em nome de sua agremiação, mas sempre em seu prejuízo, nunca no da sociedade.
Se um dia Telê Santana desabafou ao dizer que futebol não é coisa para gente séria, um verdadeiro paradoxo e um paradoxo verdadeiro para quem era sério e viveu sua vida toda no futebol, o professor Belluzzo será mais um estranho no ninho, embora conheça bem o ninho.
Ele é daqueles torcedores que no poder ou fora não abandonam suas cores e que são incapazes de tirar o que seja deles, ao contrário, são de se sacrificar pelo seu sucesso.
Intelectual independente, capaz de ser conselheiro de Lula e amigo de José Serra ao mesmo tempo e de ser sócio de Mino Carta, ferrenho crítico do governador paulista, na revista “Carta Capital”, Belluzzo não romperá com o status quo nem afrontará a CBF como gostaria - e seria de bom alvitre -, pois não é de seu estilo.
Mas será uma voz que tanto o presidente da República quanto o governador deverão ouvir, agora sobre as mazelas do futebol.
E trará uma nova visão das coisas, por mais que tenha de conviver com os interesses conflitantes de uma Traffic ou com a simulação de eficiência de seu atual treinador, além das inúmeras contradições do “Muda, Palmeiras”.
Belluzzo na presidência tem potencial para ser para o Palmeiras o que Pelé foi para o Santos, o que Rogério Ceni é para o São Paulo e o que os corintianos sonham que Ronaldo venha a ser.
Por isso, não-palmeirenses, torçam contra ele.
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