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Mostrando postagens de julho, 2009

Juca Kfouri, futebol, Deus

Pausa nos textos sobre o Canada para reproduzir a coluna de hoje do Juca Kfouri na Folha. Deixem Jesus em paz MEU PAI, na primeira vez em que me ouviu dizer que eu era ateu, me disse para mudar o discurso e dizer que eu era agnóstico: "Você não tem cultura para se dizer ateu", sentenciou. Confesso que fiquei meio sem entender. Até que, nem faz muito tempo, pude ler "Em que Creem os que Não Creem", uma troca de cartas entre Umberto Eco e o cardeal Martini, de Milão, livro editado no Brasil pela editora Record. De fato, o velho tinha razão, motivo pelo qual, ele mesmo, incomparavelmente mais culto, se dissesse agnóstico, embora fosse ateu. Pois o embate entre Eco e Martini, principalmente pelos argumentos do brilhante cardeal milanês, não é coisa para qualquer um, tamanha a profundidade filosófica e teológica do religioso. Dele entendi, se tanto, uns 10%. E olhe lá. Eco, não menos brilhante, é mais fácil de entender em seu ateísmo. Até então, me bastava com o pensador

Brazilian music? Portuguese? Yeah!

Passam-se as semanas em terras canadenses e vira-e-mexe aparece um papo interessante sobre musica. E quase sempre descamba pras coisas boas que o Brasil tem a oferecer. Incrivel como nomes tao diferentes como Tom Jobim, Mutantes, Skank, Gal Costa e Olodum sirvam de estopim pra deliciosas conversas. Inicialmente, minha impressao sobre o sucesso da musica brasileira em varios cantos do mundo se limitava 'a sonoridade de nossas cancoes - sejam refinadas melodias bossanovistas, sambas de Carmem Miranda ou batuques da Bahia. Depois de um tempo por aqui, comeco a desconfiar de outros motivos. Explico com um breve parentese. No hotel aqui em Pender trabalham alguns brasileiros. Todos homens, todos falam mais palavroes em portugues do que deveriam. Devido a essa convivencia, um monte de gringos vem repetindo expressoes como "do caralho!", "bicha louca", "de foder", "buceta!!" e por ai vai. Um desses caras, o Jordan (um canadenses de Ontario), tem se

Reading

"Newsweek" de duas semanas atras. Alguns motivos pra ficar preocupado: "Crummy job" "He's a menace!" "Read at your peril!" "A lot of bragging lately" "... is finally shifiting away" "Finally to start to grapple with".

Speaking

Refeitorio do resort. Ricardo e eu falando em portugues. Meagan (canadense) esta por perto. Uma das mocas da recepcao avisa pelo radio que o hospede do quarto 308 precisa de 8 travesseiros. Ricardo: "Meagan, quantos travesseiros voce precisa para dormir?" Meagan: "Na realidade, nenhum. So preciso de um baseado pra dormir tranquila". Silencio... Ingenuo, pergunto: "Qual a relacao entre travesseiros e maconha"? Meagan: "Ahhhhhh! Ele disse 'pillows'. Eu entendi 'pills'".

Viados e veados

Pender Island tem camaradas como o da foto ao lado por todos os cantos. Apesar de inofensivos, vira-e-mexe eles nos dao uns sustos, por aparecerem do nada, sem fazer barulho, em lugares as vezes inusitados, como na janela do banheiro. Na primeira semana na ilha, ouvi um papo de que, alem de refugio para aposentados, Pender tambem ja foi conhecida como porto seguro para gays, com direito a campanha na internet e coisa e tal. Pender eh cortada por um tipo de estrada que liga as ilhas do Norte e do Sul. Nesta semana um deer (como os tais bichanos sao chamados em ingles) foi atropelado. Desde entao, os motoristas do hotel tem dirigido na ponta dos dedos com medo de novas vitimas. Sempre alguem lembra de como "Bambi" eh traumatizante... Nessa mesma estrada rolam as famosas caronas em Pender, ja citadas neste blog. Ja perdi a conta de quantas vezes apelei pra gentileza dos "locals" pra ir ao mercado, jogar futebol ou visitar algum colega. Raras as ocasioes em que alguma