Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2011

O Túmulo dos Kennedys está vazio?

Reproduzo abaixo texto do blog do meu camarada Ygor Moretti, o Moviemento , listado aqui à esquerda. Dead Kennedys, em especial o disco ao qual o post se refere, merece sempre ser lembrado. Segue abaixo: O Túmulo dos Kennedys está vazio? Começo dos anos 90, um adolescente com um disco de vinil branco nas mãos, dentro um encarte de quase 1 metro de comprimento repleto de fotos e imagens assustadoras de guerras, massacres, explosões e aberrações. Este é o mundo segundo a visão dos Dead Kennedys, uma banda norte americana de punk criada na década de 80. Aquelas eram imagens e informações a parte do que se tinha acesso, tempos de telefonia limitada, transmissão de informações lenta e restrita. Golpes militares por todo o planeta iam chegando ao fim, algumas décadas atrás as vanguardas chegavam ao fim. Tinham sido derrotadas, fracassadas ou chegaram ao “fim” porque tinham cumprido o seu papel? Contudo, fica no ar uma hipótese, uma idéia ainda oblíqua de liberdade, e justamente nesse cenário

Desabafo de uma bancária à Rede Globo

Publico aqui uma carta interessante da bancária Teresa Roberta Soares ao diretor de jornalismo da Rede Globo, Carlos Henrique Schroder, por conta da parcialidade da cobertura da emissora ao noticiar a greve dos bancários por todo o país. Acho alguns argumentos dela um pouco rasos, mas no geral trata-se de um texto muito bacana, que contrapõe a realidade dos bancários aos lucros exorbitantes que seus patrões têm a cada ano - além de como essa relação se reflete no atendimento que recebemos nas agências pelo Brasil afora. Segue abaixo a carta, com alguns negritos colocados por mim: Carta à Direção Globo de Jornalismo Sr. Carlos Henrique Schroder, É com grande insatisfação que escrevo aqui em nome de quase 500 mil bancários existentes no Brasil. Em primeiro lugar, gostaria de dizer que estamos indignados com o tratamento que os telejornais da Central Globo de Jornalismo, subordinada a sua Direção Geral de Jornalismo e Esportes (DGJE), estão dando a nossa greve. Todos os dias suas reportag

Juvenal, Andrés e o Mobral

"O problema do Andrés é o Mobral inconcluso" - Juvenal Juvêncio. Andrés Sanchez tem uns 342 motivos para ser criticado, mas ao dar essa declaração o presidente do São Paulo pisou feio, mas muito feio na bola. Sem exagero, foi a frase do mundo do futebol que mais me deixou envergonhado nos últimos tempos, daquelas que dão vergonha de reconhecer que foram ditas pela máxima autoridade do clube que a gente gosta. Em tempo: Mobral, ou Movimento Brasileiro de Alfabetização, foi uma iniciativa do governo, no final da década de 1960, com o propósito de extinguir o analfabetismo no país. Segundo o IBGE, ainda há mais de 9% de brasileiros que não sabem ler e escrever. Juvenal se comportou como o típico membro da elite brasileira, ao adotar uma postura de sujeito superior àquele que não pôde estudar devido ao domínio das normas cultas da língua portuguesa. Comentário babaca! Absolutamente lamentável! Ao mirar no presidente do Corinthians, o dirigente são-paulino acerta, na verdade, os m

Renato Russo – 11 de outubro

- Júnior, telefone pra você! Carminha chama o filho, que pega o telefone. Ligação do Rio de Janeiro. Do outro lado da linha, o diretor-artístico da EMI, Jorge Davidson. Ele ouvira falar de Renato durante as gravações do primeiro disco dos Paralamas do Sucesso. Quando o trio tocou “Química”, Davidson perguntou a Herbert: - Essa música é tua também? - Não, essa música é de um amigo meu de Brasília. Ele é tudo o que eu gostaria de ser. Herbert e Bi falam mais sobre Renato, Legião, Plebe, Capital; a cena brasiliense. Contam que “Ainda é cedo”, música que os Paralamas tinham começado a tocar nos shows, também era de Renato. Idem “Veraneio vascaína”. Incluem no disco “O que eu não disse”, nascida de harmonia criada por Herbert, desenvolvida por Barone, letra esboçada por Renato e formatada pelo guitarrista. Bi Ribeiro, então, descola com Pedro uma fita com gravações caseiras de Renato cantando e tocando violão. Depois de escutar o cassete, Davidson liga para Brasília e convida Renato. - Você

Educação em casa: Ziraldo dá a dica

Ziraldo deu uma entrevista à “Folha” neste domingo. Apesar de falar sobre outros assuntos (basicamente sobre o filme “Uma professora muito maluquinha”), o foco principal foi educação. Coloco abaixo o que me pareceu interessante. Em negrito vai o que achei bom demais (e ao mesmo tempo preocupante, pois o que tenho visto por aí é exatamente o contrário). Folha - O que acha da situação educacional brasileira? Ziraldo - O Brasil não tem 10% de analfabetos, tem 90%. Quem não lê jornal é analfabeto funcional, não está interessado em nada, é incapaz de se expressar pela escrita e entender o que está lendo . O pessoal está chegando ao vestibular analfabeto. E as escolas? A escola de antigamente não era risonha e franca como se diz por aí, isso é balela. A escola educava para a escola. Agora busca educar para a vida. A gente avançou. Mas há grandes equívocos. A principal prioridade, que é ensinar a ler, a escrever e a contar, foi esquecida . E os professores? O que salva é o heroísmo de alguns.

O que aconteceu com Rafinha Bastos?

Argumentação tão boa que resolvi chupinhar o texto aqui (prática que venho tentando evitar). Grande Marcelo Rubens Paiva! Destaco a comparação com os gênios do humor. Segue abaixo: O que aconteceu com RAFINHA BASTOS? Conheci o cara, meu vizinho, em palcos de stand-up, quando o gênero engatinhava. Ele dividia bem as tarefas de entreter com DANILO GENTILI, MARCELO MANSFIELD, OSCAR FILHO e outros. A produção do CQC fez um golaço quando o contratou para a bancada. Regida pelo meu amigo e experiente MARCELO TAS. Então, você conhece a cronologia dos eventos. Estouro no TWITTER, reconhecimento do NYT, DVD entre os mais vendidos, teatros lotados. Sucesso, ao ponto de ter o próprio teatro, numa Rua Augusta em alta. E a mão começou a pesar na redação dos seus textos e dos 140 caracteres. Piadas ofensivas, de mau gosto, rejeitadas amplamente. O que causou um debate sobre os limites do humor. Que se lembre, CHAPLIN nunca teve uma piada rejeitada. Nem IRMÃOS MARX. Nem 3 PATETAS. Nem WOODY ALLEN. Ne