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Mostrando postagens de junho, 2012

China e a música clássica: outra revolução à vista

A edição da semana passada da “CartaCapital” trouxe um artigo bacana, de Oliviero Pluviano, sobre como os chineses têm investido em música clássica – e que tipo de retorno isso tem proporcionado ao país. Quem gosta um pouquinho do tema já deve ao menos ter ouvido falar de Lang Lang (foto), rapaz de 30 anos que para alguns críticos já é o melhor pianista do mundo. O texto fala de alguns outros nomes – como a violonista Xuefei Yang e a mais nova virtuose do piano, Yuja Wang – e traz uma série de informações que irei reproduzir por aqui. Quando fala do menino Marc Yu , de 13 anos, o autor se refere a ele como “Pequeno Mozart” e diz que o rapaz nasceu com ouvido absoluto (capacidade de reconhecer as notas de uma música associando-as a seus respectivos nomes). Até aí, nada demais.  A bomba vem a seguir: “No Ocidente, o ouvido absoluto é o sonho de todos os músicos, mas na China esse dom da natureza é muito popular porque, em mandarim, basta uma entonação diferente para mudar o significa

Tarantino na área

Eis que pinta o trailer do novo filme de Quentin Tarantino: “Django Unchained”. O roteiro é feito pelo próprio diretor, que recrutou uma turma da pesada: Christoph Waltz, Jamie Foxx, Leonardo DiCaprio e Samuel L. Jackson. O trailer dá toda a pinta de que virá mais uma nova bomba tarantinesca, no bom sentido do termo. Nos EUA, a estreia acontecerá no Natal. Por aqui ainda não há uma previsão exata. Aguardemos! O trailer segue abaixo:

Em Portugal, “para ser escravo é preciso estudar”

Reproduzo por aqui trechos de uma matéria bem legal publicada no caderno Fim de Semana, do “Valor Econômico”, a respeito de uma geração de artistas portugueses que, em meio à crise econômica no país, tem feito sucesso cantando músicas de protesto. Abaixo, coloquei um vídeo com a música cuja letra abre o texto. Vale mais pelo registro do fenômeno social do que pela qualidade do conjunto. Segue abaixo: Indignação à portuguesa “Sou da geração sem remuneração e nem me incomoda esta condição. Porque isto está mal e vai continuar… já é uma sorte eu poder estagiar!” Entoadas em um inconfundível sotaque lusitano, essas frases abrem a canção “Parva Que Eu Sou”, do grupo português Deolinda. Desde a primeira vez que foram cantadas em público, conquistaram os portugueses, tomados pela indignação com a crise. Em breve, poderão ser ouvidas no Brasil. Cantada pela vocalista Ana Bacalhau pela primeira vez na maior casa de shows do Porto em janeiro de 2011, época em que Portugal estava pert

Faltava Roland Garros

E eis que Maria Sharapova alcançou algo que já havia sido feito por apenas cinco outras tenistas na história do esporte: ganhar os quatro torneios Grand Slam (Abertos da Austrália e dos EUA, Wimbledon e Roland Garros). Ao derrotar a italiana Sara Errani em Paris, Sharapova completa o ciclo dos quatro maiores torneios do tênis aos 25 anos, sete anos depois de assombrar o mundo ao vencer Wimbledon, antes de completar a maioridade. Na chamada Era Aberta do tênis, apenas Billie Jean King, Chris Evert, Martina Navratilova, Steffi Graf e Serena Williams já haviam vencido os quatro torneios. No entanto, o que torna ainda mais especial a conquista deste sábado (9) é pensar nos perrengues pelos quais a tenista russa passou nos últimos anos. Como bem definiu o blogueiro Alexandre Cossenza , trata-se de um roteiro pronto para Hollywood. Segue abaixo o que o jornalista escreveu antes da final: Feito para Hollywood Maria Sharapova não ganhou um Grand Slam nas últimas 52 semanas. Ainda. P

Os três primeiros filmes de Chaplin

É chover no molhado falar da genialidade de Charles Chaplin, mas pouca gente já teve a oportunidade de assistir a seus primeiros filmes. Em geral, a maior parte das pessoas pôde vê-lo em ação em clássicos como “Tempos Modernos”, “O Grande Ditador” ou “O Garoto”, no auge de sua popularidade e já com todas as condições necessárias (técnicas e financeiras) para elaborar obras sensacionais. A curiosidade de assistir aos primeiros filmes surgiu durante a leitura de “Chaplin – Uma Biografia Definitiva”, de David Robinson. O livro acaba servindo como uma espécie de guia, que permite acompanhar, em ordem cronológica, a evolução do nome que até hoje ainda é o mais importante da história do cinema mundial. Neste post, achei por bem reunir apenas os três primeiros curtas-metragens de sua carreira, todos realizados em 1914 e obviamente mudos, produzidos pela Keystone, nos quais Chaplin ainda se limitava a atuar – embora, segundo Robinson, já desse importantes pitacos que em certas ocasiões

House chega ao fim: nenhum desfecho seria bom o bastante

*** ESTE TEXTO NÃO TEM NENHUM SPOILER *** Após oito temporadas, “House” chega ao final. O balanço é sem dúvida positivo. É possível dizer que a série teve um formato parecido com o de uma montanha-russa: seu primeiro ano foi excelente, os dois seguintes mantiveram-se em um nível um pouco inferior (mas ainda melhor do que 80% do que se vê na TV por aí), a quarta temporada começou cambaleante (foi o ano da greve dos roteiristas) e terminou com dois episódios sensacionais. Para muitos, a série poderia ter se encerrado ao final da quinta temporada. Concordo. Seria um final honesto para um personagem viciado e cada vez mais impossibilitado de conviver em sociedade. Mas vieram mais três anos, com novos altos e baixos (mais baixos do que altos) e uma trama que em muitos momentos se segurou apenas graças ao talento de Hugh Laurie. O mesmo pode ser dito a respeito dos últimos episódios. Creio que “House” teve um final digno, embora qualquer desfecho dificilmente seria bom o bastante para se