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Mostrando postagens de setembro, 2010

Bom jornalismo, quando assim se deseja

Desde a primeira semana do horário eleitoral gratuito na TV eu vinha chamando a atenção junto a alguns amigos e colegas sobre a diferença gritante da qualidade dos programas de Serra e Dilma. Enquanto os vídeos do tucano se pareciam com produções dos anos 90, os materiais da ex-ministra se assemelhavam a produções cinematográficas. Eis que a "Folha de S.Paulo" deste domingo trouxe uma boa explicação sobre toda essa diferença de qualidade, mostrando que, quando há um interesse bem definido, o jornal sabe como fazer jornalismo de qualidade. Segue abaixo o texto: A Hollywood de Dilma Mais rica e preparada com antecedência, campanha da petista na TV usa técnicas "de cinema" e câmera que pode custar R$ 500 mil ANA FLOR FABIO VICTOR DE SÃO PAULO Se em marketing político imagem é tudo, a campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) possui armas poderosas na guerra do horário eleitoral na TV. A começar pela Red One 4K, uma câmera digital americana que filma com resolução

Hoje é dia de ver House!

Eis que após alguns meses de jejum, House volta ao ar nesta noite nos EUA. Feliz pelo retorno, seguem abaixo algumas das grandes frases e tiradas das seis primeiras temporadas: - Todo ser humano mente, a única variante é sobre o quê. - Fazendo de propósito, evitam-se os acidentes. - Se você fala com Deus, você é religioso; se Deus fala com você, você é psicótico. - Pessoas mentem por milhares de razões... sempre há uma razão! - Você não pode morrer com dignidade, apenas viver com ela! - Eu aprendi que quando você quer saber a verdade sobre alguém, este alguém é provavelmente a última pessoa que você deve perguntar. - Mentiras são como crianças: apesar de inconvenientes, o futuro depende delas. - Por que Deus leva todo o crédito quando algo bom acontece? - Religião não é o ópio das massas. Religião é o placebo das massas. - Esperança é para mariquinhas. - Espere! Não reze! Eu quero todos os créditos para mim! - Se você pudesse argumentar racionalmente com pessoas religiosas, não haveria

Sobre estudar em um lugar como Harvard

Segue abaixo o depoimento de Gustavo Romano, ex-mestrando em Harvard, sobre o que é estudar em uma universidade de nível tão elevado. O texto foi publicado na edição desta quinta-feira (16) da Folha de S.Paulo. Em Harvard, você é só um grão de areia em boa companhia "Vocês só estão aqui porque foram os melhores de onde quer que vocês vieram. Mas não se esqueçam: aqui, vocês são todos iguais. E isso vai deprimi-los". Foi brincando assim que o reitor nos recepcionou no primeiro dia de aula em 2000. Éramos 150 alunos de mestrado vindos de 60 países. Na minha mesa, havia o filho de um juiz da Suprema Corte indiana, o filho de um dos homens mais ricos da Arábia Saudita, um sul-africano preso 32 vezes durante o apartheid e um alemão que depois foi fazer dois doutorados simultaneamente. Aqueles dois minutos foram uma boa aula do que é estudar em Harvard. Primeira lição: você está em uma máquina de ensinar bem azeitada que já formou mais de 320 mil pessoas espalhadas por 191 países.

O exemplo da IURD

Você que gosta de comunicação, se interessa por religião ou simplesmente pelo que acontece ao seu redor, já teve a chance de dar uma folheada na "Folha Universal", publicação semanal da Igreja Universal do Reino de Deus? Há pouco mais de um ano ouvi falar que a IURD havia decidido investir pesado em seu principal veículo impresso, e para isso contratou jornalistas experientes e todo o aparato necessário para fazer um material de qualidade. A profissionalização passou a contar mais do que as relações com dirigentes da igreja. E parece que o resultado disso tem sido muito bom. Deixaram um exemplar da "Folha Universal" na semana passada no portão de minha casa. De cara, um número desperta minha atenção: 2.554.750 exemplares de tiragem, algo absurdamente grande. Para efeito de comparação: a "Veja", apesar de todos os pesares, ainda tem cerca de um milhão de assinantes, além de cerca de 200 mil exemplares vendidos semanalmente nas bancas pelo país afora. Ainda

Música de gente grande

Demorei algumas semanas pra ouvir o disco novo do Pato Fu, "Música de brinquedo". Quando me falaram a respeito, pensei que se tratasse de um projeto com canções infantis, ao estilo Adriana Partimpim. Mas não. Os cinco "patos" selecionaram 12 músicas adultas, daquelas que grudam no ouvido, nacionais e internacionais, e as gravaram somente com instrumentos de brinquedo, conforma atesta a foto ao lado. Um kazoo entrou no lugar de instrumentos de sopro, um brinquedo Genius simulou um saxofone e uma calculadora Casio reproduziu o som de um teclado. Fora um elefante de plástico, cujo ronronar entrou no lugar de uma parte orquestrada de “Live and let die”, de Paul e Linda McCartney. Leio por aí que. segundo a vocalista Fernanda Takai, o desafio em “Música de brinquedo” foi encontrar objetos que pudessem substituir os instrumentos musicais marcantes das faixas originais. Além deles, as canções contam também com as participações dos filhos de alguns dos "patos"

Sobre jornalismo asqueroso e o hábito de ler

Mario Prata deu uma entrevista ao "Diário de Natal" nesta semana. Boas declarações. A íntegra segue abaixo, mas chamo a atenção para dois aspectos muito bacanas: sua análise sobre a imprensa brasileira e as razões pelas quais a atual geração de crianças e adolescentes lê pouco (ou lê porcarias demais). Confira aí (com alguns negritos estrategicamente selecionados): Mario Alberto Campos de Morais Prata. Mario Prata. Escritor, jornalista, mineiro, simpático, antipático, inteligente, sarcástico. Gentil, educado, escrachado. Quem não conhece Mario Prata? Ele esteve em Natal na semana passada participando do IV Seminário Potiguar Prazer em Ler e concedeu entrevista ao Diário de Natal. Era fim de tarde quando Mario recebeu a equipe na entrada do hotel. Falando devagar, criticou a imprensa brasileira, reconheceu que já escreveu fracassos e afirmou que para as crianças começarem a ler é preciso indicar livros apropriados para a idade delas. Existe uma razão para se ler tão pouco no B