Leio na internet que hoje faz 19 anos do segundo turno da eleição entre Fernando Collor e Lula. Tenho duas lembranças daquele domingo: a primeira era a do "L" feito com a mão direita por aqueles que votaram no "sapo barbudo", felizmente meu pai entre eles; a segunda também tem a ver com meu pai e um desencontro bem triste.
Eu jogava futebol no Pequeninos do Jockey em 1989. Meu time foi campeão naquele ano e a entrega das medalhas a todos os vencedores ficou marcada para aquele domingo. Caberia aos pais ou a algum parente próximo colocá-las nos pescoços da molecada. A festa prometia ser bem bacana.
Meu pai precisou trabalhar naquele domingo até o início da tarde e, se minha memória não me trai, foi direto para a premiação, que estava marcada para umas 15h. O local onde ele iria votar era perto e haveria tempo suficiente para os dois compromissos. Mas eis que chega o horário marcado e nada de as medalhas chegarem, apesar de todos os moleques e seus pais já estarem lá perfilados. Passam-se os minutos e nada... Damasceno-Pai então decide ir correndo votar.
Má escolha. Mal ele passou do portão do Jockey, as medalhas chegaram. A partir de então, por mais que eu tente me lembrar, não consigo ter bem claro se minha mãe e minha irmã estavam lá ou se fiquei sozinho. No final deu tudo errado: Lula perdeu, o modo como a medalha parou no meu pescoço ficou apagado da minha memória e imagino o quão constrangido meu pai deve ter ficado.
Eu jogava futebol no Pequeninos do Jockey em 1989. Meu time foi campeão naquele ano e a entrega das medalhas a todos os vencedores ficou marcada para aquele domingo. Caberia aos pais ou a algum parente próximo colocá-las nos pescoços da molecada. A festa prometia ser bem bacana.
Meu pai precisou trabalhar naquele domingo até o início da tarde e, se minha memória não me trai, foi direto para a premiação, que estava marcada para umas 15h. O local onde ele iria votar era perto e haveria tempo suficiente para os dois compromissos. Mas eis que chega o horário marcado e nada de as medalhas chegarem, apesar de todos os moleques e seus pais já estarem lá perfilados. Passam-se os minutos e nada... Damasceno-Pai então decide ir correndo votar.
Má escolha. Mal ele passou do portão do Jockey, as medalhas chegaram. A partir de então, por mais que eu tente me lembrar, não consigo ter bem claro se minha mãe e minha irmã estavam lá ou se fiquei sozinho. No final deu tudo errado: Lula perdeu, o modo como a medalha parou no meu pescoço ficou apagado da minha memória e imagino o quão constrangido meu pai deve ter ficado.
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