De modo geral, antes de ver pessoas que fazem parte do seu dia-a-dia com pouca (ou sem) roupa pela primeira vez, é usual vê-las com seus trajes habituais, seja no trabalho, no bar, na balada, na faculdade, na rua de casa, em qualquer lugar. O processo inverso é bem engraçado
Falo aqui de algo que tenho reparado nas aulas de natação. E esclareço, aos praieiros de plantão: o raciocínio só é válido para aqueles que não têm o prazer de viver em cidades litorâneas, onde as pessoas fazem amizades e conquistam novos amores à beira-mar com freqüência – ao menos aqueles que aproveitam a felicidade de morar no RJ, em alguma capital nordestina ou em paraísos semelhantes.
De volta ao raciocínio e às raias da piscina onde tenho dado umas braçadas: após algumas aulas, é natural surgir um relacionamento bacana entre a turma da natação – relação essa que às vezes se estende para fora da academia, pelos corredores do prédio ou pelo estacionamento. Aí vêm os choques:
- Aquela mocinha de corpo bonito e de maiô surpreendentemente cavado (todas as mulheres, exceto ela, vestem maiôs de vovó... impressionante!) usa roupas extremamente comportadas fora d'água...
- O gordinho de touca de silicone tem uma bela cabeleira grisalha, à la Richard Gere quase...
- A velhinha que sorri sem parar para o professor se veste praticamente como uma tchutchuca, tem uns cabelos coloridos e dirige um Ecosport...
- A moça que não pára de falar e dar risada durante as aulas é de uma sobriedade constrangedora fora da piscina.
Na água, enquanto o professor dá uma outra instrução, poucos sabem o que os colegas semi-nus fazem da vida, se moram perto ou longe, se vivem com ou pais ou se têm filhos. Mas todos sabem que Fulano tem uns pneus a mais, que Sicrana tem seios fartos e que Beltrana sempre se arrepia ao entrar na piscina, mesmo aquecida. Tem-se uma intimidade visual absurda, que, no final das contas, ajuda, fora da piscina, a dar mais valor a detalhes pouco comuns, como as orelhas das pessoas. Mas as orelhas (ah, as orelhas!) merecem um texto exclusivo para elas...
Falo aqui de algo que tenho reparado nas aulas de natação. E esclareço, aos praieiros de plantão: o raciocínio só é válido para aqueles que não têm o prazer de viver em cidades litorâneas, onde as pessoas fazem amizades e conquistam novos amores à beira-mar com freqüência – ao menos aqueles que aproveitam a felicidade de morar no RJ, em alguma capital nordestina ou em paraísos semelhantes.
De volta ao raciocínio e às raias da piscina onde tenho dado umas braçadas: após algumas aulas, é natural surgir um relacionamento bacana entre a turma da natação – relação essa que às vezes se estende para fora da academia, pelos corredores do prédio ou pelo estacionamento. Aí vêm os choques:
- Aquela mocinha de corpo bonito e de maiô surpreendentemente cavado (todas as mulheres, exceto ela, vestem maiôs de vovó... impressionante!) usa roupas extremamente comportadas fora d'água...
- O gordinho de touca de silicone tem uma bela cabeleira grisalha, à la Richard Gere quase...
- A velhinha que sorri sem parar para o professor se veste praticamente como uma tchutchuca, tem uns cabelos coloridos e dirige um Ecosport...
- A moça que não pára de falar e dar risada durante as aulas é de uma sobriedade constrangedora fora da piscina.
Na água, enquanto o professor dá uma outra instrução, poucos sabem o que os colegas semi-nus fazem da vida, se moram perto ou longe, se vivem com ou pais ou se têm filhos. Mas todos sabem que Fulano tem uns pneus a mais, que Sicrana tem seios fartos e que Beltrana sempre se arrepia ao entrar na piscina, mesmo aquecida. Tem-se uma intimidade visual absurda, que, no final das contas, ajuda, fora da piscina, a dar mais valor a detalhes pouco comuns, como as orelhas das pessoas. Mas as orelhas (ah, as orelhas!) merecem um texto exclusivo para elas...
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