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O quarto grande trauma futebolístico

1994 – Palhinha erra o pênalti na decisão contra o Velez Sarsfield, em pleno Morumbi. O sonho do tri da Libertadores fica para o futuro. A visão da molecada – acostumada a ganhar tudo – saindo do estádio é algo que vou levar para meu caixão de boleiro.

1999 – Brasileirão de 1999. Contra o Corinthians, Raí (justo ele!) perde dois pênaltis, defendidos por Dida. Não era final, mas doeu. Demais.

2000 – Final da Copa do Brasil, Mineirão, contra o Cruzeiro. Após empatar por 0 a 0 no Morumbi, o Tricolor abre o placar perto dos 30 minutos do segundo tempo. O empate era nosso. Mas, no último minuto, Giovanni virou, de falta, após Müller (justo ele parte 2) gritar “chuta na barreira”. O novato atacante chutou e a bola passou exatamente onde o ex-são-paulino havia indicado.

2008 – A derrota na final da Libertadores de 2006 não foi pior do que a eliminação de ontem no Maracanã. Deveria ser proibido para menores e homens de coração frouxo perder com gol no último minuto. Nas outras três ocasiões, chorei de raiva. Ontem foi quase, mas de tristeza.

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