Passam-se as semanas em terras canadenses e vira-e-mexe aparece um papo interessante sobre musica. E quase sempre descamba pras coisas boas que o Brasil tem a oferecer.
Incrivel como nomes tao diferentes como Tom Jobim, Mutantes, Skank, Gal Costa e Olodum sirvam de estopim pra deliciosas conversas. Inicialmente, minha impressao sobre o sucesso da musica brasileira em varios cantos do mundo se limitava 'a sonoridade de nossas cancoes - sejam refinadas melodias bossanovistas, sambas de Carmem Miranda ou batuques da Bahia. Depois de um tempo por aqui, comeco a desconfiar de outros motivos. Explico com um breve parentese.
No hotel aqui em Pender trabalham alguns brasileiros. Todos homens, todos falam mais palavroes em portugues do que deveriam. Devido a essa convivencia, um monte de gringos vem repetindo expressoes como "do caralho!", "bicha louca", "de foder", "buceta!!" e por ai vai. Um desses caras, o Jordan (um canadenses de Ontario), tem se saido um aluno fenomenal. Sem exagero, o cara ja sabe falar mais de 30 diferentes expressoes em portugues de uma forma muito clara, sabendo muito bem o que significam longas frases como "quero peidar na cara da sua mae" ou "sua bunda eh uma delicia".
Dia desses, conversando com gente de diversos paises numa mesma roda, saiu um assunto sobre a popularidade dos palavroes em portugues aqui em Pender. Varios dos caras disseram que nossa lingua cai muito bem em seus ouvidos, diferentemente do russo ou do alemao, que soam agressivos. E se esforcam em aprender novas expressoes a cada dia.
De volta 'a musica. Dia desses, pensando nessa coisa da sonoridade de nossa lingua, mostrei umas coisas da Marisa Monte e do Milton Nascimento pra umas amigas gringas. A escolha foi proposital, baseada nas vozes de ambos. Tiro e queda.
Um subtitulo para Guinga
Minha vontade ao falar de musica brasileira com gringos eh sempre fazer propaganda de seu Chico, mas abri mao desse prazer por ser impossivel mostrar-lhes o significado de suas letras. Alguns que estudaram musica ja viram alguma coisa de Tom Jobim. Mas Guinga ninguem conhece.
Ainda em Vancouver, meu professor de gramatica, um louco que toca 7 instrumentos, puxou papo a respeito de Mutantes e bossa nova. E tambem quis saber o que rolava de bom atualmente no Brasil. Foi a deixa. No dia seguinte, estavam em suas maos duas copias de discos do Guinga. O homem pirou.
Aqui em Pender, mais dois casos. A mae de uma amiga do hotel me emprestou um violao apos ficar sabendo que eu queria dar uma praticada pra nao esquecer meus parcos conhecimentos. Como retribuicao 'a gentileza, Guinga nela! Fa de jazz e casada com um musico amador, dia desses nos vimos, apos mais de um mes, e ela contou que tinha acabado de receber, via Amazon, outros dois discos do homem.
Trabalhei por um mes no hotel com um carinha que tinha acabado de entrar pra uma faculdade de musica em Toronto. Ele me deu umas dicas de violao e em troca perguntou se eu poderia indicar alguma coisa made in Brazil tao boa quanto Joao Gilberto. Adivinha...
Incrivel como nomes tao diferentes como Tom Jobim, Mutantes, Skank, Gal Costa e Olodum sirvam de estopim pra deliciosas conversas. Inicialmente, minha impressao sobre o sucesso da musica brasileira em varios cantos do mundo se limitava 'a sonoridade de nossas cancoes - sejam refinadas melodias bossanovistas, sambas de Carmem Miranda ou batuques da Bahia. Depois de um tempo por aqui, comeco a desconfiar de outros motivos. Explico com um breve parentese.
No hotel aqui em Pender trabalham alguns brasileiros. Todos homens, todos falam mais palavroes em portugues do que deveriam. Devido a essa convivencia, um monte de gringos vem repetindo expressoes como "do caralho!", "bicha louca", "de foder", "buceta!!" e por ai vai. Um desses caras, o Jordan (um canadenses de Ontario), tem se saido um aluno fenomenal. Sem exagero, o cara ja sabe falar mais de 30 diferentes expressoes em portugues de uma forma muito clara, sabendo muito bem o que significam longas frases como "quero peidar na cara da sua mae" ou "sua bunda eh uma delicia".
Dia desses, conversando com gente de diversos paises numa mesma roda, saiu um assunto sobre a popularidade dos palavroes em portugues aqui em Pender. Varios dos caras disseram que nossa lingua cai muito bem em seus ouvidos, diferentemente do russo ou do alemao, que soam agressivos. E se esforcam em aprender novas expressoes a cada dia.
De volta 'a musica. Dia desses, pensando nessa coisa da sonoridade de nossa lingua, mostrei umas coisas da Marisa Monte e do Milton Nascimento pra umas amigas gringas. A escolha foi proposital, baseada nas vozes de ambos. Tiro e queda.
Um subtitulo para Guinga
Minha vontade ao falar de musica brasileira com gringos eh sempre fazer propaganda de seu Chico, mas abri mao desse prazer por ser impossivel mostrar-lhes o significado de suas letras. Alguns que estudaram musica ja viram alguma coisa de Tom Jobim. Mas Guinga ninguem conhece.
Ainda em Vancouver, meu professor de gramatica, um louco que toca 7 instrumentos, puxou papo a respeito de Mutantes e bossa nova. E tambem quis saber o que rolava de bom atualmente no Brasil. Foi a deixa. No dia seguinte, estavam em suas maos duas copias de discos do Guinga. O homem pirou.
Aqui em Pender, mais dois casos. A mae de uma amiga do hotel me emprestou um violao apos ficar sabendo que eu queria dar uma praticada pra nao esquecer meus parcos conhecimentos. Como retribuicao 'a gentileza, Guinga nela! Fa de jazz e casada com um musico amador, dia desses nos vimos, apos mais de um mes, e ela contou que tinha acabado de receber, via Amazon, outros dois discos do homem.
Trabalhei por um mes no hotel com um carinha que tinha acabado de entrar pra uma faculdade de musica em Toronto. Ele me deu umas dicas de violao e em troca perguntou se eu poderia indicar alguma coisa made in Brazil tao boa quanto Joao Gilberto. Adivinha...
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