
“House” continua sendo uma das melhores coisas da TV norte-americana, sem sombra de dúvida. Mas a fórmula está esgotada. É preciso que os roteiristas encontrem uma forma digna de encerrar a série, no mínimo para fazer jus ao excelente nível das primeiras temporadas e de alguns episódios eventuais a partir do sexto ano.
Os diálogos continuam bons, a atuação de Laurie segue excelente, ainda consigo me divertir e me impressionar com a trama, mas falta algo. Até dado momento (talvez até meados do sexto ano) a evolução psicológica do protagonista vinha se sustentando muito bem, mas no decorrer da sétima temporada aparentemente houve uma perda de rumo muito grande – com direito a paródias bizarras de filmes e outras séries, além de um desfecho sem muito pé nem cabeça
O começo da oitava temporada, ao contrário de minhas mais otimistas expectativas, não foi capaz de reverter essa narrativa confusa. Ao final do episódio, mais caraminholas surgiram – com uma pinta de que somente roteiristas mirabolantes serão capazes de chegar a algo mais verossímil, dentro das características do médico.
É difícil escrever sobre certos pontos que me intrigam sem apelar pra spoilers, mas cumprirei tal tarefa. Reforço, no entanto, a expectativa pelo final da série daqui a 20 e poucos episódios. Quem a acompanhou (ou está vendo ainda as temporadas anteriores) sabe que algumas pérolas, como o 21º da primeira temporada (das três histórias), os dois últimos da quarta temporada e o primeiro da sexta estão definitivamente na história da teledramaturgia mundial. Torço apenas para que “House” – o seriado e o personagem – tenha um final cujo nível ao menos se assemelhe à qualidade média do que já foi exibido.
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