Quando olho para meus amigos mais próximos e vejo sua relação com o futebol, encaixo-os em dois grupos: (1) os que escolheram o time pela influência paterna e (2) os que optaram por A ou B naquela fase entre a infância e a adolescência, quando torcer por um clube que não ganha nada e nem tem ídolos resulta em bullying futebolístico.
Como moro em São Paulo, lembro que os amigos santistas e palmeirenses aguentavam sarros constantes no começo dos anos 90, mas seguiam firmes em nome da relação com seus pais, torcedores e testemunhas de Pelé, Coutinho, Ademir da Guia e Luis Pereira. Nesse vácuo, muitas famílias viram surgir adolescentes são-paulinos e corintianos que correram o risco de deserção paterna. Neto comandava o Timão, enquanto Telê Santana iniciava sua era no Tricolor do Morumbi.
Falar dos títulos que o São Paulo ganhou durante os cerca de cinco anos de Telê à frente do clube é chover no molhado. Mais importante é o legado deixado por ele: a importância de um jogo bonito, honesto (bem antes de se falar em fair play), a necessidade de estruturar o clube, manter um Centro de Treinamento exemplar (como quase todos os clubes ostentam atualmente), a orientação extra-campo dada a seus atletas, a ética e, sobretudo, sua indignação com o que não prestava (os embates com Eduardo José Farah eram sensacionais).
Telê Santana completaria 80 anos hoje. Por se tratar de um homem que dedicou a maior parte da vida ao esporte, não seria nenhum exagero imaginá-lo vivo (ao contrário de certas efemérides que comemoram os 150 anos de nascimento de Fulano de Tal). Seria bom vê-lo com saúde para receber mais homenagens. Seria bacana também ouvir seus comentários ranzinzas sobre o que há de errado no mundo do futebol – tema inesgotável em tempos de Ricardo Teixeira, Itaquerão, cambalachos no São Paulo FC e futebol mesquinho da seleção.
Tenho ido pouco ao Morumbi, mas quase sempre algum grupo da torcida costuma puxar um grito de “Telê, Telê, Telê”, que aos poucos vai ganhando força e contagia a todos, emociona àqueles que acompanharam sua trajetória e catequiza os mais jovens, que não tiveram a sorte de testemunhar a fase mais gloriosa da história Tricolor.
Aproveito para colocar abaixo um vídeo que relembra os títulos mundiais do São Paulo FC. O sorriso de Telê logo após Raí marcou o segundo gol contra o Barcelona me traz vontade de rir e chorar a cada vez que vejo. Boa diversão!
Como moro em São Paulo, lembro que os amigos santistas e palmeirenses aguentavam sarros constantes no começo dos anos 90, mas seguiam firmes em nome da relação com seus pais, torcedores e testemunhas de Pelé, Coutinho, Ademir da Guia e Luis Pereira. Nesse vácuo, muitas famílias viram surgir adolescentes são-paulinos e corintianos que correram o risco de deserção paterna. Neto comandava o Timão, enquanto Telê Santana iniciava sua era no Tricolor do Morumbi.
Falar dos títulos que o São Paulo ganhou durante os cerca de cinco anos de Telê à frente do clube é chover no molhado. Mais importante é o legado deixado por ele: a importância de um jogo bonito, honesto (bem antes de se falar em fair play), a necessidade de estruturar o clube, manter um Centro de Treinamento exemplar (como quase todos os clubes ostentam atualmente), a orientação extra-campo dada a seus atletas, a ética e, sobretudo, sua indignação com o que não prestava (os embates com Eduardo José Farah eram sensacionais).
Telê Santana completaria 80 anos hoje. Por se tratar de um homem que dedicou a maior parte da vida ao esporte, não seria nenhum exagero imaginá-lo vivo (ao contrário de certas efemérides que comemoram os 150 anos de nascimento de Fulano de Tal). Seria bom vê-lo com saúde para receber mais homenagens. Seria bacana também ouvir seus comentários ranzinzas sobre o que há de errado no mundo do futebol – tema inesgotável em tempos de Ricardo Teixeira, Itaquerão, cambalachos no São Paulo FC e futebol mesquinho da seleção.
Tenho ido pouco ao Morumbi, mas quase sempre algum grupo da torcida costuma puxar um grito de “Telê, Telê, Telê”, que aos poucos vai ganhando força e contagia a todos, emociona àqueles que acompanharam sua trajetória e catequiza os mais jovens, que não tiveram a sorte de testemunhar a fase mais gloriosa da história Tricolor.
Aproveito para colocar abaixo um vídeo que relembra os títulos mundiais do São Paulo FC. O sorriso de Telê logo após Raí marcou o segundo gol contra o Barcelona me traz vontade de rir e chorar a cada vez que vejo. Boa diversão!
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