“Mad Men” é a novela dos sonhos daqueles que gostariam de ver um entretenimento realmente bacana no horário nobre da TV brasileira. Se eu fosse um diretor qualquer da Globo, exigiria que os autores dos folhetins da emissora entregassem suas obras com ao menos 20% da complexidade dos personagens da série, 40% de criatividade e pelo menos 50% de qualidade no texto.
Há poucos dias terminei a terceira temporada da série (já houve a quarta; a quinta começará em março). Para quem não sabe do que se trata, vai abaixo um rápido resumo wikipediano:
“‘Mad Men’ se passa nos anos 1960, na agência publicitária ficcional Sterling Cooper, localizada na Madison Avenue em Nova York. O protagonista da série é Donald Draper (Jon Hamm), diretor de criação na Sterling Cooper. Em torno dele aparecem os demais sócios e funcionários da agência, bem como sua família. Através das relações pessoais e profissionais de Draper, a série mostra as mudanças morais e sociais dos Estados Unidos na década de 1960”.
Para minha satisfação, o primeiro parágrafo da Wikipedia toca exatamente no ponto em que eu gostaria: a série mostra as mudanças morais e sociais dos Estados Unidos na década de 1960. Nesse cenário transformador, o papel da publicidade, a massificação da televisão e a política como pano de fundo (o episódio que se passa no dia da morte de Kennedy é emblemático) tornam a trama absurdamente rica.
A mudança no papel da mulher, o modo como os negros são vistos, as transformações na sexualidade, os hábitos de consumo (destaque para o cigarro, praticamente um ator coadjuvante em todos os episódios), a forma como os norte-americanos se veem em relação ao mundo e como a publicidade se insere nessa salada, somados a algumas tramas novelescas bem escritas demais, resultaram nas vitórias consecutivas, nos últimos anos, de melhor série dramática, apesar de concorrer com pesos pesados como “Dexter” e “House”.
Uma rápida (e talvez não tão óbvia explicação): os homens de publicidade, no nascedouro da profissão, eram chamados de “ad men”, expressão criada a partir da palavra “advertising”. Dito isso, se Donald Draper existisse, ele deveria ser presidente vitalício dos Estados Unidos. Canastrão, mulherengo, manipulador, prepotente, brilhante, charmoso, mal resolvido e outros adjetivos tornam seu personagem uma mistura de figuras que ganharam destaque no país ao longo das últimas décadas, com tudo de bom e ruim que essas características podem exercer sobre um homem.
Há poucos dias terminei a terceira temporada da série (já houve a quarta; a quinta começará em março). Para quem não sabe do que se trata, vai abaixo um rápido resumo wikipediano:
“‘Mad Men’ se passa nos anos 1960, na agência publicitária ficcional Sterling Cooper, localizada na Madison Avenue em Nova York. O protagonista da série é Donald Draper (Jon Hamm), diretor de criação na Sterling Cooper. Em torno dele aparecem os demais sócios e funcionários da agência, bem como sua família. Através das relações pessoais e profissionais de Draper, a série mostra as mudanças morais e sociais dos Estados Unidos na década de 1960”.
Para minha satisfação, o primeiro parágrafo da Wikipedia toca exatamente no ponto em que eu gostaria: a série mostra as mudanças morais e sociais dos Estados Unidos na década de 1960. Nesse cenário transformador, o papel da publicidade, a massificação da televisão e a política como pano de fundo (o episódio que se passa no dia da morte de Kennedy é emblemático) tornam a trama absurdamente rica.
A mudança no papel da mulher, o modo como os negros são vistos, as transformações na sexualidade, os hábitos de consumo (destaque para o cigarro, praticamente um ator coadjuvante em todos os episódios), a forma como os norte-americanos se veem em relação ao mundo e como a publicidade se insere nessa salada, somados a algumas tramas novelescas bem escritas demais, resultaram nas vitórias consecutivas, nos últimos anos, de melhor série dramática, apesar de concorrer com pesos pesados como “Dexter” e “House”.
Uma rápida (e talvez não tão óbvia explicação): os homens de publicidade, no nascedouro da profissão, eram chamados de “ad men”, expressão criada a partir da palavra “advertising”. Dito isso, se Donald Draper existisse, ele deveria ser presidente vitalício dos Estados Unidos. Canastrão, mulherengo, manipulador, prepotente, brilhante, charmoso, mal resolvido e outros adjetivos tornam seu personagem uma mistura de figuras que ganharam destaque no país ao longo das últimas décadas, com tudo de bom e ruim que essas características podem exercer sobre um homem.
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