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Eu joguei com a Jabulani...

... e a bola é boa demais!! Todos os peladeiros da quarta-feira futebolística deixaram o campo com a mesma impressão. Dizer que uma bola como ela “é horrível”, “parece com aquelas de supermercado” ou “sobrenatural” não tem sentido algum.

Mais legal do que isso, no entanto, foi a reação dos futebolistas (eu incluído, claro) ao ver o craque Léo chegar ao campinho com a Jabulani ainda na caixa, virgem, intocada, à espera de pés ávidos por tocá-la.

A empolgação foi tamanha que o nível de jogo apresentado nesta quarta-feira superou qualquer outra exibição das últimas semanas. Gols de longa distância, passes açucarados, gol de bicicleta... coisa incrível, amigo!

A bola facilita, sim, o trabalho do atacante. Quem joga bola sabe do que vou falar: manja aquela pelota que pinga devagar bem na sua frente, convidando para ser acertada em cheio, com o peito de pé, meio que num sem-pulo? É essa a principal vantagem da bola. Quando você acerta realmente “na veia”, adiós, muchacho.

Também pude jogar por um tempo como goleiro e, de fato, a tarefa não é das mais fáceis. Muito mais do que a mudança de direção citada por alguns arqueiros, fiquei com a impressão de que no meio do caminho a bola ganha certa velocidade e força. Quando você acha que a bola está chegando, ela já passou.

No final das contas, a bola pode até ser diferente e exigir certo tempo para que um profissional se acostume a ela, mas não entrava na minha cabeça a possibilidade de uma empresa como a Adidas fazer algo que fosse tosco. E isso a Jabulani está longe de ser.

Comentários

André Toso disse…
De quarta não posso, mas estou maluco para jogar uma bolinha. Quando for jogar em um outro dia me chama que eu vou!

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