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China e a música clássica: outra revolução à vista

A edição da semana passada da “CartaCapital” trouxe um artigo bacana, de Oliviero Pluviano, sobre como os chineses têm investido em música clássica – e que tipo de retorno isso tem proporcionado ao país.

Quem gosta um pouquinho do tema já deve ao menos ter ouvido falar de Lang Lang (foto), rapaz de 30 anos que para alguns críticos já é o melhor pianista do mundo. O texto fala de alguns outros nomes – como a violonista Xuefei Yang e a mais nova virtuose do piano, Yuja Wang – e traz uma série de informações que irei reproduzir por aqui.

Quando fala do menino Marc Yu, de 13 anos, o autor se refere a ele como “Pequeno Mozart” e diz que o rapaz nasceu com ouvido absoluto (capacidade de reconhecer as notas de uma música associando-as a seus respectivos nomes). Até aí, nada demais.  A bomba vem a seguir:

“No Ocidente, o ouvido absoluto é o sonho de todos os músicos, mas na China esse dom da natureza é muito popular porque, em mandarim, basta uma entonação diferente para mudar o significado de uma palavra”.

O texto diz ainda que, por conta dessa característica, as indústrias de instrumentos musicais na China, outrora decadentes, hoje ocupam o posto de líderes na luthieiria mundial.

Como exemplo, Pluviano fala de uma dessas poderosas indústrias, a Taixing Fengling, que produz cerca de 300 mil violinos ocidentais e 400 mil violões por ano. “Mas os chineses almejam a excelência e, por isso, foram à Itália aprender os segredos dos melhores luthiers da história. Atualmente eles estão fundando perto de Pequim uma verdadeira cidade dos instrumentos de corda que se chamará Cremona, como a da Lombardia, berço de Antonio Stradivari”.

Abaixo, coloco um dos muitos vídeos sobre os artistas citados (sob cada um deles há um link para o YouTube). A escolhida foi a senhorita Wang, já famosa também por suas roupas, tocando “Flight of the Bumble-Bee”.

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