Na segunda semana em Vancouver, um outro brasileiro, o Vinny, um cara que já havia morado nos Estados Unidos e tinha um nível de inglês bem melhor do que o meu, explicou o processo de aprendizado de outro idioma de uma forma que nunca mais saiu de minha cabeça. Ele dizia que era preciso "pegar a música" do idioma, seja das pessoas nativas do país ou mesmo dos estrangeiros que já são fluentes. E não importava quanto tempo alguém já tivesse estudado essa outra língua: ao chegar em outro país, tudo só transcorreria bem quando a tal música fosse devidamente captada. Depois de alguns meses por lá, vi que ele estava realmente certo. E comprovei isso mais uma vez em recente visita a trabalho à "Beneçuela". A impressão é a de que cada país hispanohablante tem uma "música" diferente, que exige uma adaptação que pode ser mais demorada ou menos demorada. Ainda na América do Norte, eu pensava que a "música" do Vinny tinha mais a ver com sotaques. Por lá, vi
Por Fernando Damasceno