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Mostrando postagens de abril, 2010

Chico, como não poderia deixar de ser, vota Dilma

Do blog do Fernando Rodrigues... O cantor e compositor Chico Buarque de Holanda declarou seu voto na eleição presidencial deste ano. Deve apoiar Dilma Rousseff (PT). “Vou votar na Dilma porque é a candidata do Lula e eu gosto do Lula”. Em seguida, fez uma ressalva: “Mas, a Dilma ou o Serra, não haveria muita diferença”. A declaração de Chico aparece na revista “ Brazuka ” , uma publicação mensal distribuída gratuitamente em Paris, ile-de-France e Bruxelas. O compositor respondia a uma pergunta sobre declaração polêmica no ano passado de Caetano Veloso criticando Lula. Eis a íntegra da pergunta e o que respondeu Chico: Revista Brazuca : E o que você acha da entrevista recente do Caetano Veloso, onde ele falou mal do Lula e depois acabou sendo desautorizado pela própria mãe? Chico Buarque : “Nossas mães são muito mais lulistas que nós mesmos. Mas não sou do PT, nunca fui ligado ao PT. Ligado de certa forma, sim, pois conheço o Lula mesmo antes de existir o PT, na época do movimento meta

Quando o ranço conservador contamina a crítica cultural

A revista “Bravo!”, na edição de fevereiro deste ano, tratou em sua reportagem de capa sobre a relação entre artistas renomados e seu apoio a determinadas ideologias políticas. Ao velho estilo rasteiro de “Veja”, o texto tentou explicar de que maneira um vencedor do Prêmio Nobel, como o escritor colombiano Gabriel García Márquez, pode ter boas relações e ser um admirador confesso do líder cubano Fidel Castro e de sua trajetória. A capa da revista e sua reportagem chinfrim vieram à mente neste domingo, durante a leitura da entrevista feita pelo repórter francês Salim Lamranium com a blogueira cubana Yoani Sánchez. Conhecida porta-voz de todas as forças que se opõem a Cuba e a seu regime, ela age na mesma linha de “Bravo!” ao criticar García Márquez: Como explica esta avalanche de prêmios, assim como seu sucesso internacional? Yoani Sánchez - Não tenho muito a dizer, a não ser expressar minha gratidão. Todo prêmio implica uma dose de subjetividade por parte do jurado. Todo prêmio é discu

Um arrepio

Ao ver um documentário sobre marketing político, eis que surge o vídeo abaixo. Eu me lembrava das imagens, mas não da música, da narração e do narrador. É coisa de cair o queixo. É Duda Mendonça em sua melhor forma.

Filhos de quem?

Certo dia, no Canadá, conversando com o camarada inglês Tom Walton, ele tirou um sarro dos jogadores brasileiros de futebol. Dizia o torcedor do Manchester United (isso merece outro texto...), em tom jocoso, que nossos atletas provavelmente não tinham pai ou mãe, pois a maioria sempre se apresentava apenas com o primeiro nome ou algum apelido. À época, tentei explicar ao gringo a tradição de apelidos existente no Brasil. Mas de certa forma ele tem razão. Se pensarmos em exemplos históricos, vêm à mente Pelé, Zico, Garrincha, Cafu, Dunga. Mas não se pode ignorar também Nilton Santos, Carlos Alberto Torres, Mario Jorge Lobo Zagallo, Roberto Rivellino e por aí vai. Esse papo me veio à cabeça hoje ao folhear o álbum de figurinhas da Copa do Mundo deste ano. Quase todas as seleções têm jogadores com nome e sobrenome, tais como Diego Lugano, Iker Casillas, Milivoje Novakovic e por aí vai... No Brasil, como sempre, há apelidos (como Kaká) ou homens cujos sobrenomes só são conhecidos porque a

Fala o presidente do Ipea, Marcio Pochmann

Marcio Pochmann é presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e, na minha modesta opinião, trata-se do cara cujas análises sobre o Brasil e o mundo mais merecem atenção já há algum tempo. Fui começar a acompanhar seus artigos após uma aula em 2005, na Escola de Governo. O que ele pensa sobre a educação no Brasil, em especial, me faz pensar bastante ultimamente. Reproduzo abaixo alguns trechos de uma entrevista recente publicada na "Caros Amigos": "Ocorre que a educação de hoje não transforma as pessoas. Não está transformando. A educação conforma as pessoas para o mercado de trabalho. Não é uma educação para a vida. A educação que nós vamos precisar daqui para frente é educação para a vida, isso significa inverter a educação do jeito que ela é agora. O princípio da educação é a do especialista. Todo mundo quer ser especialista. Você vai ao hospital e tem lá o especialista em dedo direito, em dedo esquerdo. Tem o advogado especialista em uma área, outro