Quando li o post anterior, sobre "Top Model", algo bem estúpido veio à cabeça: por que raios escrevi um texto desse tamanho se a ideia inicial era só fazer uma referência à novela? A resposta foi um clarão, um deserto, um vazio medonho.
Não é a primeira vez que isso acontece, mas xapralá. No ônibus, voltando de uma entrevista, lembrei o que motivara o texto anterior. Como explicar sem parecer uma viagem daquelas bem nada a ver? Bem... revi semana passada o último episódio de "Sopranos" (no Brasil, "Família Soprano") e achei engraçado lembrar qual foi minha reação, há uns quatro meses, quando finalmente cheguei ao final da série. Queixo caído, estupefação, hipnose, um pouco de desespero, olhos arregalados, enfim... qualquer sinônimo que o valha. E o que isso tem a ver com "Top Model"?
A relação instantânea aconteceu porque desde a tal novela eu não me lembrava de qualquer final de série, programa televisivo, final de campeonato ou atração midiática que tivesse me paralisado por alguns minutos em frente a uma tela. Em 1990, meu camaradinha Rodrigo, irmão da Tatiana (olha, ela merece um texto por aqui também!), descambou em choro, segundo sua mãe contou pra D. Helena, à época. Várias meninas da escola ficaram à beira de uma depressão. Quem iria cantar "Hey Jude" daquele momento em diante?
Bom, falemos de "Sopranos". No Canadá, ninguém com quem eu tivesse amizade havia acompanhado a série. O jeito foi caçar informações na internet. Quem viu a última cena tem noção exata daquilo a que me refiro - o modo como tudo se encerra entrou pra história da TV mundial e ainda é motivo de discussões intermináveis em diversos fóruns, mesmo depois de dois anos.
A cena em si dura pouco menos de cinco minutos, reúne alguns dos personagens-chave da trama e é recheada de citações e referências das seis temporadas do seriado. Tudo é tão bem amarrado e beira a genialidade, disso não tenho a menor dúvida. Revendo e rererevendo esta semana esses poucos minutos finais, a cada vez eu me via mais e mais irritado. David Chase, criador e diretor de diversos episódios (entre eles, claro, o último), deve ter se divertido como uma criança travessa bolanda cada enquadramento, cada corte, cada detalhe que vai ao ar, permitindo as tais dubiedades e interpretações diversas que tanta polêmica criaram.
Pra quem assistiu a ao menos uns dez episódios e conhece um pouco do modus operandi da série, vale a pena dar uma espiada no vídeo abaixo. Caso contrário, dê um jeito de começar a assistir, me peça emprestado, passe na locadora, compre no Submarino, sei lá...
Não é a primeira vez que isso acontece, mas xapralá. No ônibus, voltando de uma entrevista, lembrei o que motivara o texto anterior. Como explicar sem parecer uma viagem daquelas bem nada a ver? Bem... revi semana passada o último episódio de "Sopranos" (no Brasil, "Família Soprano") e achei engraçado lembrar qual foi minha reação, há uns quatro meses, quando finalmente cheguei ao final da série. Queixo caído, estupefação, hipnose, um pouco de desespero, olhos arregalados, enfim... qualquer sinônimo que o valha. E o que isso tem a ver com "Top Model"?
A relação instantânea aconteceu porque desde a tal novela eu não me lembrava de qualquer final de série, programa televisivo, final de campeonato ou atração midiática que tivesse me paralisado por alguns minutos em frente a uma tela. Em 1990, meu camaradinha Rodrigo, irmão da Tatiana (olha, ela merece um texto por aqui também!), descambou em choro, segundo sua mãe contou pra D. Helena, à época. Várias meninas da escola ficaram à beira de uma depressão. Quem iria cantar "Hey Jude" daquele momento em diante?
Bom, falemos de "Sopranos". No Canadá, ninguém com quem eu tivesse amizade havia acompanhado a série. O jeito foi caçar informações na internet. Quem viu a última cena tem noção exata daquilo a que me refiro - o modo como tudo se encerra entrou pra história da TV mundial e ainda é motivo de discussões intermináveis em diversos fóruns, mesmo depois de dois anos.
A cena em si dura pouco menos de cinco minutos, reúne alguns dos personagens-chave da trama e é recheada de citações e referências das seis temporadas do seriado. Tudo é tão bem amarrado e beira a genialidade, disso não tenho a menor dúvida. Revendo e rererevendo esta semana esses poucos minutos finais, a cada vez eu me via mais e mais irritado. David Chase, criador e diretor de diversos episódios (entre eles, claro, o último), deve ter se divertido como uma criança travessa bolanda cada enquadramento, cada corte, cada detalhe que vai ao ar, permitindo as tais dubiedades e interpretações diversas que tanta polêmica criaram.
Pra quem assistiu a ao menos uns dez episódios e conhece um pouco do modus operandi da série, vale a pena dar uma espiada no vídeo abaixo. Caso contrário, dê um jeito de começar a assistir, me peça emprestado, passe na locadora, compre no Submarino, sei lá...
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