Mulher feliz lava a louça. Ou cozinha com gosto. Certeza absoluta!
Por mais de um mês, na casa em que eu morava, em Pender Island, viviam somente seres do sexo masculino: dois caras muçulmanos no andar de baixo; eu e mais dois no andar de cima, felizmente num espaço com três quartos. Cada parte da casa tinha sua cozinha. No primeiro andar, um brinco; no outro, uma tragédia.
Lá pros idos de maio, cada um dos moradores da parte de cima da casa tinha uma namorada ou alguém em situação equivalente. O primeiro a convidar a parceira para pernoitar foi, digamos, o cidadão número 1. Pela manhã, ao sair pra trabalhar, um dos moradores da casa viu a namorada1 procurando algo na cozinha - mas não foi isso o que chamou sua atenção. Sim, senhoras e senhores, tudo estava limpo, faltava apenas guardar uns talheres.
Passaram-se alguns dias e foi a vez do cidadão número 2 ter uma convidada. Batata! Quando voltei do trabalho a louça estava novamente perfeita, enquanto a moça terminava de ler uma revista no sofá. "Não tinha nada pra fazer, então dei um jeito na cozinha", disse a fofucha ao ver minha cara de espanto e felicidade.
O cidadão número 3 tinha uma rotatividade maior de convidadas - posso dizer somente que, infelizmente, não era eu o sortudo. Na primeira vez em que vi o rapaz trazer uma delas à nossa casa, a tese da louça limpa já havia sido lançada. "É sinônimo de satisfação plena", disse um. "É necessidade de retribuir a ótima noite", disse outro. E tome cerveja e brindes à felicidade feminina, sem qualquer vergonha de encarnarmos a figura "del macho".
Pois bem. Veio a número 3... e nada de a louça ser limpa. A tese estava errada? Ou o camarada do quarto ao lado não estava se dedicando como deveria? A resposta demorou alguns dias (e noites, claro), mas não poderia vir de forma melhor: feliz, sorridente e dona de dotes culinários acima da média, a moça armou um jantar que entrou para a história daquela casa.
Mas desta vez a louça sobrou pra mim...
Por mais de um mês, na casa em que eu morava, em Pender Island, viviam somente seres do sexo masculino: dois caras muçulmanos no andar de baixo; eu e mais dois no andar de cima, felizmente num espaço com três quartos. Cada parte da casa tinha sua cozinha. No primeiro andar, um brinco; no outro, uma tragédia.
Lá pros idos de maio, cada um dos moradores da parte de cima da casa tinha uma namorada ou alguém em situação equivalente. O primeiro a convidar a parceira para pernoitar foi, digamos, o cidadão número 1. Pela manhã, ao sair pra trabalhar, um dos moradores da casa viu a namorada1 procurando algo na cozinha - mas não foi isso o que chamou sua atenção. Sim, senhoras e senhores, tudo estava limpo, faltava apenas guardar uns talheres.
Passaram-se alguns dias e foi a vez do cidadão número 2 ter uma convidada. Batata! Quando voltei do trabalho a louça estava novamente perfeita, enquanto a moça terminava de ler uma revista no sofá. "Não tinha nada pra fazer, então dei um jeito na cozinha", disse a fofucha ao ver minha cara de espanto e felicidade.
O cidadão número 3 tinha uma rotatividade maior de convidadas - posso dizer somente que, infelizmente, não era eu o sortudo. Na primeira vez em que vi o rapaz trazer uma delas à nossa casa, a tese da louça limpa já havia sido lançada. "É sinônimo de satisfação plena", disse um. "É necessidade de retribuir a ótima noite", disse outro. E tome cerveja e brindes à felicidade feminina, sem qualquer vergonha de encarnarmos a figura "del macho".
Pois bem. Veio a número 3... e nada de a louça ser limpa. A tese estava errada? Ou o camarada do quarto ao lado não estava se dedicando como deveria? A resposta demorou alguns dias (e noites, claro), mas não poderia vir de forma melhor: feliz, sorridente e dona de dotes culinários acima da média, a moça armou um jantar que entrou para a história daquela casa.
Mas desta vez a louça sobrou pra mim...
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