
A Globo até rebatizou o simpático boneco, chamando-o agora de "João Sorrisão". Cada um faz o que quer da vida, mas que falta fazem caras de mais personalidade no futebol. E isso obviamente não se limita apenas às comemorações.
Poucas coisas são mais chatas do que acompanhar as entrevistas de 90% dos boleiros. Orientada por seus assessores, a atual geração é incapaz de fugir das respostas óbvias, mesmo quando as perguntas não são tão toscas.
Ronaldinho Gaúcho é o sujeito que personifica a retidão diante do microfone. Ao se aposentar, deveria até virar media training, tamanha sua capacidade de dar respostas protocolares, mesmo quando o mundo está caindo ao seu redor. Lucas, do São Paulo, e até mesmo o "rebelde" Neymar vão pelo mesmo caminho. Reparem em sua conversinha mole a cada vez que o Tricolor, o Peixe ou a seleção brasileira leva um nabo...
Comemorações encomendadas por quaisquer emissoras de TV só reforçam a falta de atitude da atual geração. Os caras deveriam inventar um novo soco no ar, como Pelé, um novo salto esguio como o de Raí, uma outra deslizada na grama ao estilo Neto ou até mesmo a discreta e elegante postura de Sócrates. Podemos até criar uma safra nova de craques, mas vai ser difícil achar algum que realmente vire ídolo de uma geração.
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