R.E.M. em São Paulo. Longe dos Estados Unidos na semana em que Obama foi eleito presidente (com o óbvio apoio do vocalista Michael Stipe, que antecipou seu voto antes da viagem), a banda fez questão de se referir ao novo presidente de maneira entusiástica nos intervalos entre uma música e outra. A platéia adorava. Mas foi no refrão de "It's the end of the world as we know it" que os caras deram o tom definitivo da atual fase política norte-americana.
OK, é cedo, precoce, prematuro dizer que o é o fim desse mundo atual como o que conhecemos e vemos há décadas, mas a simbologia da vitória de Obama, justamente após o governo fascista de Bush e no meio de uma crise financeira causada por quem manda no planeta há séculos, traz um inevitável otimismo àqueles que são ao menos um pouquinho progressistas, que ainda crêem que a política é, sim, um dos meios pelos quais a sociedade pode ser menos desigual, mais pacífica, simplesmente melhor do que é hoje.
Ao invés de quase sussurrar "I feel fine" ao final do refrão, como na gravação original de "It's the end...", Stipe preferiu gritar com todas as forças que estava se sentindo bem pra caramba com a nova fase. Um mundo com menos poder dos neoconservadores norte-americanos pode não ser o ideal, mas é no mínimo um motivo pra se divertir demais, como no show dos caras.
Política à parte, sobra música muito bem tocada e o carisma inesgotável de Stipe. Quase duas horas de show sem grandes pirotecnias ou exageros. Seleção muito bem escolhida, cheia de hits intercalados com lados B e algumas faixas do disco mais recente, "Accelerate", com catarse à la U2 em "Losing my religion" e "Everybody hurts". Esta última pode ser vista aqui embaixo:
OK, é cedo, precoce, prematuro dizer que o é o fim desse mundo atual como o que conhecemos e vemos há décadas, mas a simbologia da vitória de Obama, justamente após o governo fascista de Bush e no meio de uma crise financeira causada por quem manda no planeta há séculos, traz um inevitável otimismo àqueles que são ao menos um pouquinho progressistas, que ainda crêem que a política é, sim, um dos meios pelos quais a sociedade pode ser menos desigual, mais pacífica, simplesmente melhor do que é hoje.
Ao invés de quase sussurrar "I feel fine" ao final do refrão, como na gravação original de "It's the end...", Stipe preferiu gritar com todas as forças que estava se sentindo bem pra caramba com a nova fase. Um mundo com menos poder dos neoconservadores norte-americanos pode não ser o ideal, mas é no mínimo um motivo pra se divertir demais, como no show dos caras.
Política à parte, sobra música muito bem tocada e o carisma inesgotável de Stipe. Quase duas horas de show sem grandes pirotecnias ou exageros. Seleção muito bem escolhida, cheia de hits intercalados com lados B e algumas faixas do disco mais recente, "Accelerate", com catarse à la U2 em "Losing my religion" e "Everybody hurts". Esta última pode ser vista aqui embaixo:
Comentários