Segue abaixo reportagem bem bacana do Pedro Alexandre Sanches publicada na edição desta semana de CartaCapital. Não concordo completamente com a idéia de isolacionismo em torno da MPB, mas como o repórter ouviu muita gente interessante a respeito, vale a pena reproduzir o texto por aqui. Música popular? Criada nos anos 60, a sigla MPB expressa hoje a nostalgia e os preconceitos da porção letrada do Brasil Era uma vez uma sigla chamada MPB. Designava uma tal “música popular brasileira” e se tornou moeda corrente a partir dos anos 1960, quando adotada por toda uma geração universitária de compositores, cantores e admiradores. Décadas adiante, a sigla pouco a pouco se encastelou. Isolou-se de gêneros supostamente “inferiores”, blindou-se como num condomínio fechado de bairro nobre. Entrou em crise, até de identidade. Quem faria a MPB de 2008? O rococó Djavan ou a simplória Banda Calypso? O bissexto João Gilberto ou a onipresente Ivete Sangalo? O que seria MPB em 2008? O banquinho-e-violão...
Por Fernando Damasceno